As políticas de “Environmental Social and Corporate Governance” traduzem um quadro orientador de práticas empresariais responsáveis em prol da sustentabilidade e do impacto ético-social das empresas ou investimentos.
A par da crescente preocupação com o ambiente e sustentabilidade, não são poucos os planos e as iniciativas com fim para a consciencialização, que se fazem sentir no âmbito do desenvolvimento sustentável nos mais diversos setores. Deixando sempre em “check” de que modo se podem tratar estas temáticas na gestão e governação empresarial.
Da parte da União Europeia, e a par de várias medidas (a mais recente – “Corporate Sustainable Due Diligence Directive” de análise já vertida no blog), o Quadro Regulamentar Europeu envolve uma grande preocupação com a sustentabilidade, ESG e informação não financeira, comportando também a necessidade de existirem processos de verificação e auditorias por parte de terceiros – uma avaliação de desempenho da sustentabilidade, deixando nas mãos das empresas o poder de criar mecanismos e restruturar o seu modo de negócio para incorporar as medidas da UE.
É fulcral uma maior exigência na forma em que as empresas identificam as oportunidades e como desenvolvem os seus negócios no sentido do “green business”, nomeadamente pela avaliação de riscos e implementação de medidas e planos de atuação. Adotando para si os princípios e valores relacionados ao dever social e ambiental.
Deste modo, os temas ESG devem ser vistos como um fator comportamental e cultural. As empresas que observam grande aplicabilidade de práticas ESG têm ganho especial atratividade, seja por parte de potenciais trabalhadores, seja por clientes ou mesmo investidores, adquirindo maior confiança e reputação junto dos vários stakeholders que fomentam o reconhecimento destas matérias como fundamentais para o sucesso a longo termo de qualquer empresa.
Fica, contudo, a dúvida de se as empresas portuguesas estão habilitadas a tal. As dificuldades de implementação têm sido suscitadas pela dimensão da empresa, nomeadamente pela falta de recursos, e até mesmo pelo setor de atividade desenvolvido que pode ter um impacto naturalmente maior nos temas sustentáveis, como será o caso da indústria têxtil.
Joana Vaz Silva @ DCM | Littler