Não há ninguém que não sonhe em receber um valor superior de salário; fazer contas à vida ou sonhar em liquidar algumas despesas extra é o dia-a-dia da maioria dos trabalhadores portugueses.
O passado dia 1 de janeiro marcou a entrada em vigor do diploma que estabelece aumentos salariais. O salário mínimo em Portugal passou de 705€ para 760€ brutos, o que representa uma subida de 55€. Trata-se do valor bruto e para calcular o que de facto leva para casa (salário líquido), o trabalhador terá de fazer contas aos descontos para a Segurança Social (11% do ordenado) e os descontos de IRS ao salário bruto.
Mas, e quanto representa este aumento para as empresas? Também o empregador terá de fazer contas uma vez que não é apenas o pagamento do salário que se afigura como despesa.
Tomemos como exemplo, um trabalhador, remunerado com o ordenado mínimo (760€) e como valor de 5.20€ de subsídio de alimentação. Acrescentamos a informação sobre o estado civil – casado- e o agregado família- 2 filhos menores.
E agora é só fazer as contas de quanto é que estes valores representam para a entidade patronal.
Mas antes disso, relembramos que o subsídio de refeição é uma das regalias mais antigas dos trabalhadores em Portugal, no entanto, nem todas as pessoas sabem que não é um direito, mas sim um benefício que pode ser pago em dinheiro ou em cartão de refeição. O subsidio de alimentação é considerado um benefício social, ao contrário do que acontece com o subsídio de férias ou de Natal que são de pagamento obrigatório.
Mas voltemos às nossas contas:
Um trabalhador, casado, que conte com um agregado de 2 filhos menores, a auferir 760€ mensais de salário e 5,20€ diários de subsidio de alimentação, na realidade representa um custo de 1.054,90€ mensais para a entidade patronal.
A estes custo ainda acresce o seguro de acidentes de trabalho e a medicina no trabalho, valores que podem variar em função da capacidade de negociação das empresas mas que são de pagamento obrigatório.
Multiplicam-se as despesas da entidade patronal em meses de pagamento de subsídios de férias e natal. Isto porque no nosso cálculo não consideramos o pagamento destes subsidio em duodécimos, valor que se alteraria para uma despesa total de 1.211,65€, caso o trabalhador recebesse a totalidade dos dois subsídios por duodécimos.
E se ficou com curiosidade de saber quanto custa o seu salário à sua entidade patronal, existem vários simuladores grátis na internet, que lhe permitem um cem numero de variação e simulações de cenários.
Vai simular?
Leonor Frazão Grego @ DCM | Littler